terça-feira, 28 de outubro de 2008

No giro do amor

Irmaõs de Faber

Hoje vou inaugurar aqui no blog uma série de entrevistas com personagens inusitados (Vocês vão entender porque). A idéia foi inspirada no site “morfina” que tem uma temática bem parecida em seus textos. Bem, sem mais delongas, vamos ao nosso 1º entrevistado:

Com vocês, Faber, o lápis.

Já disse que não é esse: Bom dia Faber, vamos começar nossa entrevista?

Faber: Claro, pode começar.

-Bem, gostaria que você contasse um pouco do sua história.

-Eu era um Lápis grafite Faber Castell 1205 max nº2 sextavado em madeira na cor preta. Hoje sou esse cotoco que você está vendo agora.

-Ia justamente perguntar isso, o que houve com você?

-Alguns meses atrás, eu estava no auge. Com 17cm de altura, um preto reluzente e nas mãos de um desenhista iniciante.

-Hum, e aí?

-Cara, eu estava sempre na escrivaninha, apesar de ao meu lado estarem os melhores grafites (lapiseiras) eu era sempre o escolhido. Tinha escrita macia e tal....

-Como você chegou a esse estado?

-Amor...

-Amor???

-É amor, me apaixonei por um apontador.

-Como foi?

-Comecei meio tímido e tal, ele foi chegando, uma voltinha aqui, outra voltinha ali. Pronto, amor na 1ª apontada.

-Sim, mas ninguém fica assim por causa de amor.

-Você tem razão, a relação saiu do meu controle, à cada volta ele ia me consumindo, aquele frisson louco, aquela coisa de madeira da lâmina e tal.

-E...?????

-E que ele acabou cego, te tanto me apontar, ficou cego e sem uso. E em uma arrumação de escrivaninha foi jogado fora...

-Cara, que triste...

-É, hoje eu sou isso, um cotoco de lápis no ostracismo.

-Bem, é uma pena. Vamos terminando aqui nossa entrevista, e...

-Ei cara! Não tem uma vaga pra mim lá no blog não? Você podia escrever uns textos comigo e tal...

-Não dá Faber, só escrevo no computador e além do mais tenho um Pentel 0.7 que me ajuda quando o computador dá pau.

-Peraí, deve ter alguma coisa que eu posso fazer, ei! Espera!!!!

-Até mais Faber, boa sorte.

-...


Up date - Ficamos sabendo que Faber foi descoberto em uma arrumação de escrivaninha. Ele, uma borracha de 2 cores e uma Bic 4 cores foram jogados no lixo. E infelizmente para Faber a lapiseira não estava mais lá.


Revisado e corrigido por Janaina Lima

2 comentários:

Mariano disse...

Pobre Faber!
Tenho uma pena de objetos inanimados que perdem a serventia...

Anônimo disse...

Eu também fiquei muito triste pelo Faber....